“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso, e, não o encontrando, diz: Voltarei para a casa de onde saí. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro” (Lc 11.24-26).
Esta parábola parece ter sido contada para hoje, para os nossos dias. Porque hoje vivemos um cristianismo sem o Senhor Jesus, mas com uma imperativa e dirigente imposição dos nossos desejos. A submissão a Jesus e a renuncia de si mesmo evaporou-se e há pouquíssimos exemplos práticos para serem imitados. O humanismo ocupou o centro do cristianismo tornando-nos mais importantes que o nosso Criador. Até a salvação não é mais um tesouro encontrado (Mt 13.44), mas uma fuga do inferno sem implicações aqui e agora.
Se o cristianismo nos primeiros séculos era uma loucura, pois não havia uma coerência humana em sua apresentação, hoje a loucura é ser cristão submisso a Jesus e a soberania divina. É loucura não fazer uso dos direitos para entregar a vontade própria a Deus. É loucura não praticar o sexo tal qual se apresenta e deixar de aproveitar as facilidades que o sistema oferece. É loucura deixar de ganhar dinheiro de forma mais rápida.
Esse é o pensamento religioso da nossa época. Seguindo essa linha, a casa, o coração ou a pessoa limpa pelo anúncio das boas novas fica sem o morador determinado por Deus. Com isso o antigo habitante volta e para aproveitar melhor a reforma da casa, traz companheiros pior do que ele para morarem juntos. Espíritos não ocupam espaço, por isso a pessoa limpa pelo evangelho, mas sem Jesus, pode se tornar um condomínio fechado de milhares de demônios.
Aqueles que ainda se lembram do primeiro amor, quando foram lavados pelo sangue do Cordeiro, quando foram selados pelo Santo Espírito da promessa, o motivo da fidelidade a Jesus é a advertência: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (Mt 7.13-14). Vigie seu tesouro, não se comprometa com o novo e largo evangelho de facilidades. A promessa da vinda de Jesus está próxima, tão próxima quanto o calor do sol no verão!
Coração habitado pelo Espírito Santo, tem a vida comprometida com Jesus e o Maligno não pode nem se aproximar.
Fonte do texto :Ler e Viver.
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